Trabalhar a hora que quiser, de onde estiver. Essa é a nova política da Pepsico, fabricante de bebidas e salgadinhos. Desde 1º de outubro, o funcionário administrativo da empresa pode escolher a maneira mais conveniente de cumprir a jornada de trabalho, contanto que faça suas tarefas entre às 5 da manhã e às 10 da noite — fora deste horário, a lei trabalhista exige adicional noturno. É possível, inclusive, trabalhar de outra cidade ou de outro Estado.

Segundo Letícia Dias, diretora de remuneração e benefícios da Pepsico, o objetivo não é apenas permitir que as pessoas trabalhem de casa. “Quem quiser trabalhar da empresa, pode. Não estamos impondo restrições”, afirma Dias. “Também não pretendemos reduzir espaço físico. A ideia é dar uma outra função ao escritório.” Os espaços estão sendo repensados para serem mais propícios a reuniões, encontros e celebrações.

A jornada continuará a ser de oito horas, com uma hora de almoço. Para a maioria dos funcionários administrativos, no entanto, não há um controle efetivo das horas trabalhadas. Apenas os funcionários de fábrica e de vendas “batem cartão”. Para eles, a empresa está concedendo outros benefícios, como a possibilidade de tirar três folgas adicionais no ano, sob qualquer pretexto.

Além da jornada flexível, a Pepsico instituiu novas políticas de licença maternidade ou parental, que já é de seis meses. Agora, o retorno ao trabalho, após a licença, será feito de forma gradual, com um período de adaptação em que o profissional trabalha apenas meio período. Também será possível tirar uma licença não remunerada de 12 meses para se dedicar ao cuidado de alguém da família, mantendo o plano de saúde e o seguro de vida, e recém-casados poderão desfrutar de cinco dias de folga.

Fonte: Exame.com